Artigo: Coronavírus, informação e educação
31. março 2020 | Escrito por Jornalismo IFSC | Categoria: Coronavírus, Matérias, SIASSDr. Diego Vinícius de Magalhães CRMSC 25673
Médico Perito SIASS/IFSC
Médico Reumatologista
O coronavírus, assim como o H1N1 e a gripe A, é uma família de vírus responsável por causar a gripe. O COVID-19 foi descoberto em 31 de dezembro de 2019 durante surto em Wuhan, na China, se alastrando pelo mundo, o que a Organização Mundial de Saúde classifica como pandemia. Os primeiros vírus desta família foram isolados dos humanos em 1937, mas somente em 1965 foram descritos como coronavírus devido ao formato de coroa à microscopia. Existem vários tipos de coronavírus que nos podem infectar, tais como o alpha coronavírus 229E e o NL63.
Como o COVID-19 é um vírus novo, o ser humano ainda não possui imunidade a ele. Ele causa desde formas leves de resfriado: como tosse seca, dor de cabeça e febre até formas graves: pneumonia viral com necessidade de ventilação mecânica em UTI. O período de incubação se refere entre a infecção e o início do aparecimento dos sintomas que podem variar de dois a 14 dias. A transmissão ocorre por meio de contato e gotículas de pessoas infectadas através de: aperto das mãos, tosse com eliminação de gotículas, espirro, catarro, objetos e superfícies contaminadas. Os sintomas mais prevalentes são febre E tosse (os dois juntos) OU falta de ar (dificuldade para respirar) e outros sintomas gripais.
Há várias maneiras de se proteger:
1) Lave com frequência as mãos até a altura dos punhos, com água e sabão ou então higienize com álcool em gel 70%.
2) Ao tossir ou espirrar, cubra nariz e boca com lenço ou com o braço, e não com as mãos.
3) Evite tocar olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas. Ao tocar, lave sempre as mãos como já indicado.
4) Mantenha uma distância mínima cerca de dois metros de qualquer pessoa tossindo ou espirrando.
5) Evite abraços, beijos e apertos de mãos. Adote uma onda amigável sem contato físico, mas sempre com sorriso no rosto.
A vacina para gripe não protege contra o COVID-19, mas ajuda a evitar outras formas graves de gripe como o H1N1. Os especialistas orientam a população a se vacinar para aumentar a proteção respiratória e ajudar no diagnóstico dos casos de COVID-19, já que frequentemente os sintomas de gripe comum, H1N1 são parecidos com os da COVID-19.
Sabe-se que a doença pode ocorrer em qualquer faixa etária, entretanto o grupo mais vulnerável é o dos idosos (acima de 60 anos) com doenças cardíacas e pulmonares anteriores à infecção. Essa população deve evitar sair de casa, no momento.
Atualmente, não existe medicamento que combata o vírus ou vacina que nos proteja dele. O que se faz é proporcionar tratamento de suporte para os sintomas da doença. Existem medicamentos em estudos que mostraram ação benéfica nos pacientes com pneumonia por COVID-19. Atenção: a ANVISA e as sociedades médicas não orientam o uso desses medicamentos, tampouco como forma de prevenção! Lembre-se que existem pacientes que utilizam esses medicamentos por outros motivos e não estão encontrando os mesmos para comprar.
Apesar das grávidas terem seu sistema imunológico alterado, atualmente não existem evidências científicas de que essa população seja mais vulnerável. De qualquer forma, orienta-se que elas sigam as precauções padrões. Essa regra vale para os pacientes em quimioterapia e com doenças autoimunes.
Não existem evidências de científicas de que tomar vitamina C, vitamina D e água com limão possa evitar ou tratar o COVID-19. Também não há evidência de que animais domésticos transmitam o vírus.
Portanto, siga as orientações oficiais do Ministério da Saúde, Secretaria Estadual e Municipal de Saúde. Neste momento, o isolamento social é benéfico para tentar reduzir a transmissão do vírus e o número de casos novos. Desta forma, o Sistema de Saúde poderá atender aos mais necessitados e com gravidade. Procure a emergência somente em caso de tosse seca E febre contínua (por, no mínimo, 24 horas de duração) E dificuldade para respirar. Hospital é lugar para paciente grave! Lá existem muitos germes nocivos em circulação, inclusive o COVID-19 que podem contaminar você. Seja criterioso e ajude a difundir boa informação aos que te solicitarem.
Fonte: Ministério da Saúde