Diretor da Setec apresenta desafios para os gestores do IFSC

4. fevereiro 2016 | Escrito por | Categoria: Gestão, Matérias

SONY DSCNesta quarta-feira (03), o diretor de Desenvolvimento da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica do MEC (Setec), Luciano de Oliveira Toledo, participou do segundo dia da reunião do Colégio de Dirigentes do IFSC (Codir). Na oportunidade, o diretor apresentou os desafios da Educação Profissional e Tecnológica (EPT) neste ano e destacou o papel da Setec e dos Institutos Federais (IFs). Além da apresentação da Setec, todos os presentes puderam acompanhar uma breve explanação sobre o Anuário Estatístico 2016 do IFSC, lançado nesta semana.

Apesar das crises política e econômica enfrentadas atualmente pelo País, o diretor do MEC acredita que o cenário de 2016 é melhor do que o do ano passado, mas ainda gera preocupação em função da redução de arrecadação do Governo. “Por enquanto, não há expectativa de novos contingenciamentos, mas não é algo que pode ser descartado”, avisou.

SONY DSCDiante de um ano de crise, o diretor instigou os gestores do IFSC avaliarem o que pode ser feito com o que já se tem. “Temos que ver o crescimento que tivemos até aqui e ver o que podemos fazer com a capacidade interna já desenvolvida”, afirmou. Segundo Luciano, é preciso consolidar a expansão aumentando a eficiência dos Institutos. “Nosso aluno está muito caro, então precisamos aumentar a nossa eficiência colocando mais alunos na estrutura que já temos”, disse.

Luciano detalhou a missão da Setec/MEC que pode ser concentrada em três pontos de acordo com o Plano Nacional de Educação (PNE): o desenvolvimento da EPT, o desenvolvimentos dos Institutos Federais e a regulamentação e a avaliação da EPT. Entre algumas ações para desenvolver a EPT no Brasil, o diretor destacou a articulação das políticas públicas com a agenda internacional, uma melhor divulgação sobre o ensino técnico e tecnológico para atrair mais jovens, a regulamentação do projeto de Lei 2245/07 que trata da profissão de tecnólogo, a criação de programas de orientação profissional com foco na EPT, o estímulo ao estágio e à certificação profissional e a consolidação dos IFs.

Entre algumas oportunidades para os IFs em 2016, Luciano destacou o desenvolvimento da missão institucional, a qualidade do ensino, o aperfeiçoamento na gestão, a formação continuada dos servidores, o estabelecimento de parcerias estratégicas e o fortalecimento da extensão tecnológica. Para que os Institutos consigam avançar neste período difícil, a Setec sugere que seja feito um planejamento plurianual para que haja priorização de gastos e otimização de recursos, haja uma pactuação de resultados e metas, uma consolidação das ações já iniciadas e que as despesas de custeio reflitam o mínimo necessário. Com sua fala, Luciano buscou sensibilizar os gestores para que trabalhem de maneira alinhada e, dessa forma, as dificuldades sejam superadas. “Eu quis trazer para vocês o que está na cabeça dos gestores do MEC e acho que é uma oportunidade muito rica de vocês se sintonizarem com essa agenda e vermos como podemos trabalhar juntos diante desse contexto e dos desafios que temos”, finalizou.

Os gestores do IFSC aproveitaram a presença do diretor da Setec para apontar alguns problemas a serem encaminhados em nível nacional, como o peso dos cursos de qualificação na matriz orçamentária, as limitações da base nacional comum curricular e o desafio da institucionalização da Educação a Distância. O secretário concordou com os levantamentos apresentados e pediu que os gestores escrevam propostas para que os pontos sejam melhor discutidos.

Capacitação

A apresentação do diretor da Setec para o Codir foi a primeira das capacitações previstas para os gestores. De acordo com a reitora do IFSC, Maria Clara Kaschny Schneider, a intenção é que, a partir de agora, sempre que tiver reunião do Codir se faça uma capacitação no dia seguinte, aproveitando a presença já de todos num mesmo lugar.

Antes da apresentação de Luciano, os gestores puderam conhecer o Anuário Estatístico 2016 do Instituto, lançado nesta semana. Em uma breve explanação, o diretor da Diretoria de Estatísticas e Informações Acadêmicas (Deia) mostrou os principais números do IFSC e convidou os gestores a explorarem a ferramenta. “É possível fazer análises específicas por câmpus e, com base nos números, avaliar melhor as estratégias e pensar em novas ações”, disse.

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