Como transformar uma ideia em atividade de extensão

5. agosto 2021 | Escrito por | Categoria: Informes, Matérias

Hoje vamos falar mais um pouco sobre a Extensão no IFSC, na série “Explicando a Extensão”, produzida pela Diretoria de Extensão (Direx) e a Diretoria de Comunicação (Dircom).

A Extensão articula os conhecimentos produzidos no Ensino e na Pesquisa com as demandas da sociedade, por meio da realização de atividades de extensão que contam com a participação de servidores e discentes do IFSC e da comunidade externa. Para promover uma atividade de extensão, é preciso ter uma ideia, elaborá-la e submetê-la a um edital. Vamos explicar quais são os tipos de atividade e o passo a passo para tirar a ideia do papel.

A Resolução Consup/IFSC 61/2016 estabelece cinco tipos de atividades de extensão: programa, projeto, curso, evento e produto. Conheça cada uma:

  • Programa é o “conjunto integrado de pelo menos dois projetos e outras atividades de extensão, de caráter contínuo, regular, multidisciplinar”.
  • Projeto deve ter a carga horária mínima de 40 horas e é definido como “iniciativas processuais, coerentes e contínuas que, articuladas, visam ao cumprimento de objeto único em prazo determinado, vinculado ou não a Programa, com delimitação teórica e detalhamento de recursos necessários à execução”.
  • Curso deve ter a carga horária máxima de 160 horas e caracteriza-se como uma “atividade pedagógica de caráter teórico e prático, de oferta não periódica, presencial ou a distância, com objetivos, carga horária, ementa, cronograma e critérios de avaliação definidos em formulário próprio disponibilizado pela Diretoria de Extensão”.
  • Evento deve ter a carga horária máxima de 40 horas, distribuídas em até sete dias consecutivos e “é a atividade de extensão menos complexa, pontual, que preferencialmente deve estar contida em planejamento de atividades maiores como o projeto, visando promover e divulgar mutuamente conhecimentos produzidos no processo de aprendizagem”.
  • E Produto “é a atividade que se caracteriza por ser decorrente do fazer extensionista, sempre resultado de uma outra atividade de extensão com registro institucional”.

Antes de propor uma atividade de extensão, é fundamental conhecer as demandas da comunidade ao seu entorno. Por isso, é importante estar atento, ir em busca de informações, coletar dados e ouvir as reais necessidades dos membros e dos setores que integram o seu contexto local.

Após identificada uma demanda externa e surgindo uma ideia para solucionar a(s) necessidade(s) detectada(s), você pode escrever e propor um projeto, um curso ou um evento, atentando para os conceitos descritos acima.

Para a elaboração de uma atividade de extensão, é importante definir um objetivo, o que se pretende alcançar com a realização de determinada atividade. Ele inicia-se com verbo no infinitivo e precisa demonstrar de maneira clara e objetiva o que se pretende fazer. Com o objetivo geral definido, será possível detalhar os objetivos específicos, ou seja, as pequenas ações que serão realizadas para o alcance do objetivo geral.

Além disso, a delimitação do objetivo geral irá auxiliar na definição de que tipo de atividade de extensão poderá ser proposta: um projeto, um curso ou um evento.

Por exemplo, se o objetivo geral estiver relacionado com a realização de palestras, apresentações artísticas ou um workshop, a atividade proposta poderá ser um evento. Se ele visa capacitar um público específico sobre um determinado assunto, a atividade poderá ser um curso. Se ele não for tão específico para enquadrar-se como um evento (atividade pontual de até 40 horas e período de realização de até sete dias consecutivos) ou um curso (atividade pedagógica de até 160 horas), a atividade poderá ser proposta em forma de projeto de extensão, com carga horária mínima de 40 horas.

Na descrição da proposta, outros elementos que são importantes para serem apresentados são: a justificativa; a metodologia e a relação ensino, pesquisa e extensão.

Na justificativa expõe-se a relevância e a importância da realização de determinada atividade. Aqui, será apresentado como e porque surgiu a ideia; quais dados quantitativos e informações qualitativas, embasados em fontes confiáveis, justificam a sua execução; que impactos a atividade promoverá na formação discente e na transformação do contexto local em questão.

Na metodologia será descrito o passo-a-passo de cada etapa que será realizada para alcançar os objetivos específicos, sempre alinhado ao objetivo geral proposto. Aqui, será importante especificar as seguintes perguntas: Como fazer? Quando fazer? Com quem fazer? Para quem fazer? Quais recursos serão utilizados?. É importante claro o papel de cada integrante da equipe executora (servidores, discentes e/ou membros externos) e a participação do público externo no desenvolvimento da atividade de extensão. Quanto mais detalhada for a metodologia, mais claro ficará o que será realizado.

Como a Extensão articula os conhecimentos elaborados no Ensino e na Pesquisa, é necessário descrever no texto a relação entre Ensino, Pesquisa e Extensão. Assim, a atividade proposta, com e para a comunidade externa (Extensão), deve ter relação com o itinerário formativo dos discentes participantes da equipe executora (Ensino) e com as pesquisas institucionais já realizadas que fundamentam a sua realização ou a própria atividade deve apresentar elementos que subsidiem futuras pesquisas institucionais (Pesquisa).

Para as propostas de curso de extensão, além da descrição dos elementos pontuados anteriormente, também é essencial especificar a sua ementa, o seu conteúdo programático e o cronograma das atividades.

Após a realização de algumas atividades de extensão, dependendo da magnitude das demandas locais que estão sendo trabalhadas e da necessidade de continuidade de suas ações, você pode estruturar um programa de extensão. Para essa proposição, você deverá elaborar no mínimo dois projetos e outras atividades de extensão relacionadas e vinculá-las ao programa proposto.

Além disso, cada atividade de extensão concluída pode gerar um produto de extensão. Como exemplo, podem ser registrados como produtos: softwares; aplicativos; protótipos; desenhos técnicos; patentes; simuladores; objetos de aprendizagem; games; insumos alternativos; processos e procedimentos operativos inovadores; relatórios; relatos; cartilhas; revistas; manuais; jornais; informativos; livros; anais; cartazes; artigos; resumos; pôster; banner; site; portal; hotsite; fotografia; vídeos; áudios; tutoriais, entre outros.

Ficou interessado em propor uma atividade de extensão?

  • Como servidor, você pode consultar os editais publicados pela Direx no SIGAA-Extensão ou na intranet do IFSC > Extensão e Relações Externas > Dir. Extensão > Editais.
  • Os discentes podem consultar os editais e as oportunidades no Portal do IFSC.
  • E as atividades de extensão já cadastradas podem ser acessadas de forma pública no SIGAA.
  • Saiba mais sobre a Extensão no Link Digital.

Por Coordenadoria de Jornalismo do IFSC, com informações da Diretoria de Extensão (Direx)

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