Servidores do IFSC podem se inscrever para estudar francês e inglês no Canadá

26. outubro 2023 | Escrito por | Categoria: Matérias, Oportunidades

Estão abertas as inscrições para dois intercâmbios voltados a servidores do IFSC para estudo de idiomas no Canadá entre setembro e outubro de 2024, por meio de editais da Assessoria de Relações Internacionais (Arexi) e da Diretoria de Gestão de Pessoas (DGP), ambas da Reitoria. Um dos editais é destinado a selecionar servidores para estudar francês em Montreal e o outro é para curso de inglês em Toronto. Em ambos os casos, as inscrições devem ser feitas por formulário online até 22 de novembro.

-> Link para os editais
-> Formulário para inscrição no curso de francês
-> Formulário para inscrição no curso de inglês

Os editais são destinados a servidores do quadro ativo permanente (“efetivos”) do IFSC. Os cursos e outras atividades previstas nos editais serão custeados integralmente pelo servidor participante (3.550 dólares canadenses no curso de francês e 3.475 dólares canadenses no curso de inglês – aproximadamente 13 mil reais, na cotação atual), assim como gastos com passagens aéreas e com os processos para obtenção do visto canadense.

Cada edital abre 30 vagas, sendo 23 delas divididas igualmente entre os câmpus e a Reitoria e as sete restantes preenchidas por lista de espera, independentemente do local de trabalho, considerando o tempo de serviço como critério de seleção. O servidor vai poder  se afastar de suas atividades recebendo salário durante o período do afastamento.

Os cursos são ministrados pela escola de línguas ILSC Education Group e vão ocorrer entre 9 de setembro e 4 de outubro de 2024. O candidato selecionado fará um teste de proficiência para nivelamento, que não é eliminatório: serve apenas para definição em qual nível (básico, intermediário ou avançado) o servidor vai estudar.

Para mais informações sobre os processos seletivos, acesse os editais na página da Arexi na intranet.

Segunda oportunidade no Canadá

Esta será a segunda vez em que servidores do IFSC terão a oportunidade de fazer intercâmbio no Canadá para estudar idiomas por meio de um edital interno. A primeira turma esteve no país norte-americano entre 11 de setembro e 6 de outubro deste ano para um curso de quatro semanas de língua inglesa na ILSC (sigla para International Language School of Canada, ou Escola Internacional de Línguas do Canadá, em português), em Toronto. O grupo era formado por 19 servidores da Reitoria e dos câmpus Canoinhas, Florianópolis, Florianópolis-Continente, Gaspar, Itajaí, Jaraguá do Sul, Joinville, São Carlos, São José e Xanxerê.

Além do curso, os servidores também participaram de uma oficina sobre princípios administrativos, de viagens a outras cidades canadenses (Montreal, Niagara Falls, Niagara-on-the-Lake, Ottawa e Quebec), de atividades culturais previstas no Edital IFSC/GAB Nº 08/2022 e de momentos de job shadowing, no qual puderam observar e interagir com profissionais de diferentes áreas em seus locais de trabalho. A maioria dos servidores ficou hospedada em casas de famílias locais cadastradas pela ILSC (homestay). Todos os custos da viagem foram pagos pelos próprios servidores, cabendo ao IFSC liberá-los para participar do curso durante o período de quatro semanas.

A técnica em assuntos educacionais Stella Rivello da Silva dal Pont, que integra a Assessoria de Relações Externas Internacionais do IFSC e foi uma das responsáveis pela organização do intercâmbio, avalia que a primeira edição do programa realizado no Canadá foi um sucesso. Houve o envolvimento de professores e técnicos administrativos, os quais poderão, a partir do retorno aos câmpus, aplicar em seus projetos, pesquisas e demais atividades os conhecimentos em inglês e os aprendizados obtidos durante a vivência no exterior.

Para Stella, que esteve com o grupo no Canadá durante as quatro semanas, as trocas realizadas entre os servidores do IFSC e os colegas, professores e famílias canadenses estão entre os principais ganhos proporcionados pelo programa. “Foi uma troca cultural muito expressiva, tanto dentro quanto fora da sala de aula. Ficamos felizes em propor como destino Toronto, que é, em si, uma cidade multicultural: em poucos metros quadrados vemos e escutamos pessoas de diversas partes do mundo. Toda essa riqueza cultural abre ainda mais nossos horizontes, refletindo diretamente em nossas atividades enquanto educadores dentro do IFSC”, afirma.

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Grupo de servidores do IFSC esteve no Canadá entre setembro e outubro para curso de inglês na ILSC

Servidores relatam experiência

Para o professor Miguel Tobias Bahia, do Câmpus Joinville, um dos integrantes do grupo de servidores que esteve no Canadá, a experiência ajudou-o a aprimorar sua habilidade de comunicação em inglês e também permitiu a ele ter conhecer outras culturas. Além de ter contato com canadenses no dia a dia, ele tinha em sua turma no curso de inglês colegas de diversos países, como Colômbia, Coreia do Sul, Japão, México e República Dominicana.

“Fazer o intercâmbio possibilita uma fluência no idioma que indiretamente vai ajudar na comunicação com possíveis parceiros de outras escolas e outras universidades, em pesquisas e em projetos de extensão. E também pela questão de ampliação cultural, acabamos recebendo um repertório maior para trabalhar em nossas aulas. Trabalhar questões de ciência, tecnologia, sociedade, tudo isso enriquece bastante a nossa prática docente”, diz Miguel.

A psicóloga do Câmpus Jaraguá do Sul-Centro, Juliana de Souza Augustin Pereira, também avalia que o intercâmbio no Canadá melhorou sua habilidade de comunicação em inglês e ajudou-a a conhecer novas culturas. Para ela, o contato com pessoas de diferentes culturas e nacionalidades vai ajudá-la no desempenho de suas atividades no IFSC.

“Como sou psicóloga, atuo o tempo todo com a diversidade e já faço esse exercício de ampliar o olhar, de entender que o ser humano pode se expressar no mundo de diversas maneiras. Acho que estando em outro país, em uma cidade como Toronto, me ampliou mais ainda esse olhar”, explica.

De acordo com o censo canadense de 2021, mais da metade (57%) da população de Toronto pertence a uma “minoria visível”, termo usado no Canadá para designar pessoas que não são brancas ou pertencentes aos povos originários daquele país. Pessoas nativas ou com ascendência em países asiáticos – com predominância do chamado subcontinente indiano (Índia, Bangladesh, Paquistão, entre outros), do Extremo Oriente (China, Coreia do Sul e Japão, principalmente) e do Sudeste Asiático (Filipinas, Indonésia, Vietnã etc.) – formam a maioria desse grupo, mas a cidade tem também populações relevantes com origens na África, na América Latina e no Oriente Médio.

A experiência de fazer o intercâmbio de um mês no Canadá fez a professora Karoliny Correia, do Câmpus São José, expandir sua visão de mundo sobre aprendizagens e relações humanas, segundo ela mesma explica. “Além de ter a oportunidade de estudar a língua inglesa, pude conviver com pessoas de diversas nacionalidades e conhecer lugares incríveis”, relata. Karoliny, que é professora de português no IFSC, também afirma que pôde, durante o curso, analisar de forma crítica o ensino de línguas e repensar sua atuação em sala de aula.

Mesmo tendo retornado ao Brasil há menos de três semanas, o professor Cleomar Pereira da Silva, do Câmpus São Carlos, já sente efeitos positivos da participação no intercâmbio. “O conhecimento adquirido está me ajudando a participar de cursos técnicos ministrados em inglês por professores da Alemanha”, conta. Cleomar está participando de uma capacitação sobre hidrogênio verde voltada a pesquisadores brasileiros – dentre os quais, alguns do IFSC -, ministrada em língua inglesa.

Cleomar ressalta que a participação teve um custo elevado: cada servidor precisou desembolsar 3,9 mil dólares canadenses (cerca de R$ 14,3 mil na cotação atual) para pagar as atividades previstas no último edital, além de ter gastos extras com passagens e com o processo de obtenção do visto para poder ingressar e permanecer no Canadá. Ainda assim, ele considera que a experiência vale a pena. “Apesar de caro, eu recomendo. É uma oportunidade de imersão na língua inglesa e tem também a parte cultural de conhecer outro país”, destaca.

Por Felipe Silva, com apoio de Daniel Augustin Pereira (entrevista com Stella Rivello) | Jornalistas do IFSC

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